O conceito de gestão da qualidade nunca foi tão valorizado e aplicado como nos dias atuais.
Entender que, além do cliente, todas as partes envolvidas no negócio devem ter suas necessidades e expectativas atendidas e administrar a organização para que cumpra esse objetivo é fundamental para o sucesso e até mesmo a sobrevivência das empresas.
Os esforços para a qualidade, historicamente, sempre foram direcionados para a satisfação do cliente consumidor do produto ou serviço comercializado, entretanto, existem outros “clientes” dentro do processo produtivo, como: Fornecedores, Colaboradores, Acionistas e Órgãos Governamentais, que são partes interessadas nos resultados da organização.
Portanto, a gestão da qualidade é muito mais ampla do que pensávamos até há pouco tempo atrás.
No período anterior a segunda guerra mundial, a qualidade era vista como atendimento aos requisitos especificados para o produto ou serviço comercializado. Desta forma, o Controle da Qualidade era visto como a única forma de oferecer ao cliente bons produtos e serviços.
Durante a segunda guerra mundial, percebeu-se que o conceito de controle da qualidade não era suficiente para a manutenção do negócio, visto que, existia muito desperdício com produtos e serviços não conformes que geravam retrabalho ou refugo. Surgiu então o conceito de Garantia da Qualidade, aonde os processos de produção são controlados a fim de se evitar desperdícios. E muitas ferramentas foram criadas, como: CEP – Controle Estatístico de Processo, MASP – Método para análise e solução de problemas, FMEA – Método para análise de falhas e efeitos, entre muitas outras.
No ano 2000, com a publicação da norma ISO9001 2000 que passou a utilizar conceitos de gestão, o mundo passou a ver a qualidade com outros olhos. Continuamos controlando e garantindo a qualidade, porém, devemos fazer a gestão e trabalhar por resultados.
Para ter qualidade é preciso fazer com qualidade todas as atividades que impactam de alguma forma nos resultados da organização. Passamos então a monitorar o desempenho de todos os processos internos da empresa e não mais somente dos processos produtivos.
Em 2008, em nova revisão, a norma ISO9001 nos mostrou um novo conceito em que o cliente continua sendo o foco da qualidade, entretanto, não podemos desconsiderar as demais partes envolvidas que também devem ter seus interesses e expectativas atendidas para que haja continuidade do negócio.
Foi assim que a qualidade passou de coadjuvante à protagonista no papel de administração dos negócios.
Ter qualidade atualmente é administrar, fazer a melhor gestão dos recursos, em busca de resultados que satisfaçam todas as partes envolvidas